Queratose Actínica
A queratose actínica (AK) também conhecida como queratose solar é uma alteração pré-cancerígena que aparece em áreas da pele expostas ao sol devido, nomeadamente, à exposição crónica a radiações ultravioleta, sobretudo solares. Esta exposição pode ocorrer de forma cumulativa ao longo da vida ou de forma intermitente mais intensa, com queimaduras durante a infância e a adolescência.
AK: lesões e zonas da pele mais afetadas
As lesões de queratoses actínicas são visíveis como manchas discretas ou placas ásperas descamativas e podem estar presentes em número considerável. Caracterizam-se tipicamente por uma área discreta de pele avermelhada, áspera com cerca de 2 - 10 mm, esporadicamente esbranquiçada, que, ao toque, tem a textura de papel de areia. Se não for tratada pode tornar-se mais infiltrada, com crosta mais espessa e saliente, de cor acastanhada.
As lesões surgem frequentemente em áreas expostas ao sol como a face, lábios, orelhas, couro cabeludo, ombros, pescoço, dorso das mãos e antebraços.
Outra forma de AK conhecida como queilite actínica aparece no lábio inferior tem características particulares pelo potencial de transformação maligna. Manifesta-se por uma placa de coloração mais esbranquiçada e, por vezes, o lábio fica mais áspero, a descamar ou com feridas ou erosões que não cicatrizam.
Como prevenir o seu aparecimento?
Geralmente, a queratose actínica ocorre com maior frequência na população mais idosa. Nos últimos anos, a nível mundial, o diagnóstico tem aumentado também na população com menos de 40 anos. Embora o risco de progressão para neoplasia maligna invasiva seja menor que 1%, a maioria dos médicos dermatologistas prefere tratar as queratoses actínicas como medida preventiva.
As radiações UV emitidas pelo sol, tanto a UVA como a UVB, danificam o DNA dos melanócitos e produzem lesões. Para além disso, levam à produção de espécies reativas de oxigénio que induzem a carcinogénese.
A melhor forma de evitar o aparecimento de lesões é através da prevenção: evitar a exposição solar, proteger a cabeça, rosto e orelhas bem como aplicar protetor solar com elevado índice de proteção (FPS).
Deve estar atento à queratose actínica em caso de...
Estar exposto a radiação UV durante vários anos (solários ou atividades ao ar livre);
Apresentar queimaduras solares facilmente;
Ter um fototipo de pele sensível (olhos, pele e cabelos claros);
Ter mais de 40 anos;
Se encontrar imunodeprimido (por exemplo em caso de transplante de órgãos, entre outros).
Vitamina B3 na prevenção da Queratose Actínica
A Niacinamida ou vitamina B3 tem sido cada vez mais utilizada como agente despigmentante da pele no tratamento do melasma e clareamento de manchas escuras. Estudos comprovam o poder antioxidante, protetor do DNA e os seus ínumeros benefícios para a pele e para a saúde.
Foi demonstrado que a vitamina B3 tem efeitos protetores contra os danos causados pela radiação UV e reduz a taxa de novas queratoses actínicas pré-malignas. A niacinamida consegue reparar o DNA uma vez que modula a reação inflamatória induzida pela radiação UV e reduz a imunossupressão induzida por esta radiação.
Para conhecer melhor os benefícios da vitamina B3 fale com o seu médico dermatologista!
A AK pode evoluir para outras lesões?
A queratose actínica é considerada a lesão pré-cancerígena mais comum: se não for tratada pode evoluir para neoplasia maligna. Embora vários estudos tenham demonstrado que a AK geralmente se desenvolve como resultado dos efeitos cumulativos prejudiciais das radiações UV na pele, a fisiopatologia da doença é complexa.
Embora a idade e um sistema imunológico enfraquecido possam afetar a probabilidade de desenvolver AKs, pessoas com histórico de 5 ou mais queimaduras solares graves múltiplas têm o dobro do risco de desenvolver cancro da pele.
A estreita relação entre a Queratose Actínica e o cancro da pele continua a fortalecer-se. A prevenção e o tratamento da queratose actínica fazem parte de uma estratégia preventiva que, associada a medidas de redução de exposição solar, visam controlar este problema de saúde.
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